Entre os preocupados, estão os que consideram o avanço tecnológico totalmente inútil, os que acreditam que a ioT está deixando os usuários cada vez mais dependentes da tecnologia, exercitando cada vez menos o raciocínio lógico. Que a tecnologia permite que sobre mais tempo para executar outras atividades, não há dúvidas, mas a grande maioria das pessoas só está ocupando este tempo (e a mente) com coisas sem importância. Onde isso tudo vai acabar?
Internet das coisas é um conceito de ecossistema tecnológico (um grupo de tecnologias) em que o real e o virtual se interconectam, objetos x tecnologias, por exemplo os automóveis com conexão bluetooth para atendimento de celular via sistema de som do próprio veículo, ou então os celulares com comando de voz, como o famoso: “Ok, google!”.
A maneira de identificar (dar identidade ao objeto) e conectar-se com ele, é através de tecnologias de identificação. Uma delas é chamada de RFID – identificação por rádio frequência, como as etiquetas código de barras, data matrix (tags). E então um objeto tendo sido identificado, ele deixa de ser UM objeto, uma cafeteira, e passa a ser A cafeteira.
Entre as infinitas possibilidades, uma em especial me faz viajar naqueles filmes futuristas de ficção científica, em que o sujeito chega em casa, se aproxima da porta, olha pelo sensor e a porta se abre. Acho um tudo! Ou então aquelas cenas de bater duas palminhas e a luz acender, sabe como?
E o detalhe, casas inteligentes já são uma realidade. E uma das tendências e promessas desta tecnologia, é a sustentabilidade, a utilização de energia limpa e reaproveitamento de água, indo mais além as facilidades a vida da pessoas como o controle de quase todo equipamento doméstico de forma automática.
Existem equipamentos que controlam quase a casa toda por comandos de voz possibilitando até mesmo fazer pedidos de delivery, e compras de supermercados, o equipamento mais falado no momento é o “amazon echo” (https://www.behance.net/gallery/42037289/Amazon-Echo) que controla todos equipamentos da casa por comando de voz.
Que a ioT é um caminho sem volta, não resta dúvida. A questão é, quem está preparado para conviver com isso? E quando falo em estar preparado me refiro a não surtar quando der uma pane, nem sair correndo quando o objeto parecer ter vida própria… Sem usar o tempo que vai sobrar (porque vai sobrar bastante tempo), para coisas fúteis… Pois meu palpite é de que estas tecnologias estão chegando para (além de outros objetivos) nos permitir mais tempo, para nos educarmos e evoluirmos como indivíduos. Saberemos usar este tempo livre de forma inteligente? Só o ‘tempo’ dirá.
Se optarmos pela visão pessimista do fato, (o copo meio vazio), podemos observar que no gráfico de adoção de tecnologia estamos no pico das “expectativas inflacionadas”. Com o tempo podemos sair da euforia, afinal tudo perde a graça depois de algum tempo, e passar pela desilusão e somente após isso, ver a real aplicabilidade.
Se optarmos por uma visão otimista, (o copo meio cheio), vamos voltar ao passado, na revolução industrial, ou num passado não muito distante, quando a internet apareceu, e que muitos diziam “isso não vai durar”, e olha onde chegamos!
Penso que evolução da tecnologia não nos atrasa, crianças de hoje em dia crescem usando tablets e smartphones e embora muitas usem a tecnologia para alienação, grande parte está aplicando para pensar em soluções para problemas que nossa geração capenga criou.
E embora a pesquisa tenha perdido muito espaço para a cópia, só informações sérias e verdadeiras se sustentam.
Acredito que se investirmos em educação de base, para o uso consciente destas tecnologias, vamos conseguir aplacar o imediatismo e a urgência desenfreada pra tudo, e necessidades cada vez mais caras, que por fim geram a necessidade de mais trabalho. E só assim não nos tornaremos escravos de mais uma ferramenta, e poderemos curtir mais a vida. Talvez a chave seja o equilíbrio.
E agora, vou testar meu comando de voz, na publicação do artigo:
– Pc, SALVAR ARTIGO E FECHAR JANELA.
…
É, não funcionou. Vou ter que clicar pra salvar e fechar essa muléshta!
Cabelos ao vento, fui!